segunda-feira, 23 de abril de 2012

Aftas

Se há algo que nos afecta a todos são as aftas. A todos como quem diz porque a mim ninguém me tira a ideia de que as aftas apenas afectam os portugueses. Duvidam? Então os (as) “senhores(as)-chicos(as)-espertos(as)” por acaso já viram algum estrangeiro com aftas? Não se incomodem a pensar porque eu já sei a resposta!

O próprio nome é estranho, afta é o tipo de palavra que parece anti-natural. Aliás é das poucas palavras em que a letra efe é seguida da letra tê. Assim de repente lembro apenas de mais uma: oftalmologista. E não vale ir procurar ao Google ou responder com nomes de medicamentos!

Será que as aftas sempre afectaram os portugueses ou é uma “doença” moderna? Partindo do princípio que já os reis e as rainhas tinham aftas, eu tenho uma teoria. Para mim D. Sebastião perdeu a batalha de Alcácer-Quibir porque tinha comido fruta fora de época na noite anterior e tinha a boca cravada de aftas. No calor da batalha mordeu a língua, fez uma careta típica de quem morde a língua e tem a boca cheia de aftas, fechando momentaneamente os olhos. Esses breves segundos foram o suficiente para dar uma vantagem ao adversário que rapidamente o deitou ao chão. E o resto é história. E não me venham dizer que inventei isto agora, porque se passados 434 anos ninguém sabe o que realmente aconteceu, no meio de tantas teses e teorias esta tem a mesma probabilidade de estar correcta que as outras! E sempre é mais credível do que acreditar no seu regresso numa manhã de nevoeiro passados quase quinhentos anos!

Aftas é o tipo de maleita que existe apenas para arreliar. Acontece completamente por acaso, podem aparecer sozinhas ou em versão “prémium” (que obviamente inclui um maior número de exemplares e um maior espaço de tempo de duração das mesmas), podem arreliar mais ou menos consoante o sítio específico em que apareçam e não é conhecida uma cura ou algo que simplesmente as faça desaparecer!

Quero acreditar que as aftas não surgem por acaso…é Deus que está lá em cima e de cada vez que comemos fast food ou algo que não era suposto tendo em conta o colesterol que temos que nos dá esta punição.

“Mas e quem não come fast food e não tem colesterol e tem aftas na mesma?” Tenham calma! Viver sobre tanto stress faz-vos mal aos rins. Eu já lá ia chegar, mas vocês são uns apressados! Bom, nesses casos é puro sadismo e gosto em nos ver sofrer. Deus é Deus mas também se gosta de rir, e toda a gente sabe que há poucas coisas mais engraçadas do que ver alguém a fazer caretas enquanto come. E quando ele se aborrece dá-lhe para aquele lado…pensando bem e tendo em conta as possibilidades podia dar-lhe para fazer coisas piores…

terça-feira, 17 de abril de 2012

À conversa com... Hello Atlantic

Pois bem, a partir de agora este blogue vai conter também algumas entrevistas. Acima de tudo há que agradecer ao João Esteves, o homem por detrás deste projecto, a gentileza de me ter respondido a estas singelas perguntas por email.

1- O teu projecto intitula-se "Hello Atlantic". Tendo em conta a referência ao oceano atlântico e ao facto de este projecto ter nascido enquanto vivias na Finlândia o nome deste projecto foi uma forma de manteres o contacto com Portugal ?

"Hello Atlantic" surge sem dúvida de um certo saudosismo. Saudades do sítio onde nasci e do Atlântico. Sentir a falta do mar, de um espaço aberto que se estende até ao horizonte. Cresci sempre perto da praia e só anos mais tarde, durante longos períodos de viagem, me apercebi como isso me marcou profundamente. Pensei no nome na Finlândia, onde a beleza natural predominante é a floresta. Quando regressei a Portugal, pedalei de novo até à "minha" praia de Carcavelos e reuni-me com a vastidão do oceano, onde o Tejo desagua no Atlântico. Aí soube que o nome haveria de ficar.

2- Como nasceu este projecto e como foste tu para à Finlândia? Ainda são uns quilómetros de distância....

Tive várias bandas "de liceu" ao longo dos anos, desde que peguei na guitarra abandonada pelo meu irmão mais velho. Foram as minhas primeiras aventuras na composição de músicas, letras, e da performance ao vivo. As bandas foram-se sucedendo até me inscrever no Programa Erasmus. Decidi ir estudar para um destino que me fosse totalmente estranho. Dentro das opções oferecidas, a Finlândia parecia oferecer esse choque. O extremo oposto da Europa, não só no sentido geográfico, como mais tarde viria a descobrir. Em janeiro de 2007 parti para o desconhecido, as bandas dissolveram-se e já em Helsínquia começei a pensar em formar algo a solo.

3- As canções que foste criando de uma certa forma reflectem o teu percurso e as viagens que foste fazendo?

As viagens, e todo o universo de experiências que acarretam, não são a única matéria-prima para as canções de Hello Atlantic. As músicas pegam em vários assuntos, mas a minha abordagem é inevitavelmente influenciada pelos sítios que percorro e as pessoas que encontro pelo caminho. O meu estado espírito no momento e local onde as escrevo moldam as composições e acabam por ficar impressas nas entrelinhas. O resultado final são canções que evocam em mim lugares e pessoas, porque me recordo da manhã fria e cinzenta em Toronto em que escrevi uma certa música, ou que outra soava melhor na guitarra que comprei na Eslovénia por 20 euros e me foi entregue num saco de batatas. São memórias que ficam para sempre interligadas, como uma tatuagem.

4- Como chegaste ao "Optimus Discos"?

No verão de 2011, enviei algumas maquetas com gravações caseiras para programas na rádio de divulgação da nova música portuguesa. O Portugália (da Antena 3) foi um deles, cujo locutor é o Henrique Amaro, também director artístico da Optimus Discos. Após ter divulgado o meu projecto na rádio, lançou-me o desafio de editar um EP pela Optimus Discos.

5- Segundo sei regressaste a Portugal muito recentemente. Vais apostar de forma mais activa no mercado português?

Sim, voltei a Portugal com a intenção de apresentar o projecto e promover o álbum "Slob Of The Kitchen Sea" editado em Abril pela Optimus Discos. Estou a tentar arranjar concertos um pouco por todo o país enquanto componho novo material.

6- As diversas redes sociais onde estás presente são plataformas importantes para dares a conhecer o teu trabalho? (nomeadamente através dos downloads legais e gratuitos no Bandcamp)

Actualmente o universo on-line oferece aos músicos ferramentas indispensáveis para a promoção e divulgação de trabalho. É uma maneira rápida e simples de dar a conhecer um projecto e de o propagar. Para mim é particularmente importante pelo facto de me deslocar com frequência de um lugar para outro. As redes socias tornam-se num lugar comum onde posso manter as pessoas que seguem Hello Atlantic actualizadas e fazer lhes chegar a música - através de edições digitais - independentemente da distância física que nos possa separar.
Contudo, embora extremamente prática, a Internet não deixa de ser mais uma ferramenta, um complemento. A meu ver, nada consegue substituir o contacto directo com o público, num concerto ou na rua. Assim como a edição física dos trabalhos, seja em que formato for.


7 - Quem tiver ficado curioso e quiser conhecer o teu projecto onde o pode fazer?

As músicas estão em helloatlantic.bandcamp.com. Podem fazer o download gratuito do EP "Circle Of Land" (2011), e ouvir o single de lançamento - "The Leaving Song" - do trabalho mais recente "Slob Of The Kitchen Sea" (2012).
Para as últimas notícias, datas e fotos sigam a página do facebook - www.facebook.com/helloatlanticmusic.

domingo, 15 de abril de 2012

Extraterrestres

Extraterrestes, et’s, seres do espaço ou OVNI’s. Cada um chama-lhes o que quiser que eu não levo a mal. Eu não levo a mal, agora eles já não sei. Isso será um problema vosso que eu limpo as mãos desse assunto.

Se há assunto presente em todos os livros, filmes ou jogos de consola de ficção científica são os extraterrestres. Agora o que me chateia é que convencionou-se que os tais seres do espaço têm de ser verdes, com uma inteligência muito superior à nossa e têm de aterrar em grandes cidades por esse mundo fora!

Então e se a cor verde não existir no planeta deles? Ah pois é, nisto ninguém pensou, não é? Só porque nós temos a cor verde eles também têm de ter. E se eles forem vermelhos às bolinhas azuis escuras ou pretos às riscas amarelas e não tiverem antenas e por acaso descobrirem a terra qual vai ser a nossa reacção ao constatar que não são verdes?

“- Ah, pera aí…mas tu não és verde nem tens antenas!
- Pois não, sou vermelho às bolinhas azuis escuras!
- Oh, então não és um extraterrestre! Toda a gente sabe que os extraterrestres são verdes e têm antenas! Isto é prós apanhados não é? Onde é que estão as camaras? Ai, eu quero cumprimentar o senhor Graciano porque aprecio muito o trabalho dele!”

(Sim, porque para mim apanhados que são dignos de serem chamados apanhados são apresentados pelo Nuno Graciano. “Ah mas e se isto acontecesse na China?” Epah lá tinham vocês de vir implicar, não era? Se fosse na China era igual! Vê-se que vocês não conhecem a fama do Graciano! O homem é famoso em todo o mundo!)

Outra coisa que me chateia profundamente é o facto de os extraterrestres serem sempre retratados como seres superiores e muito mais inteligentes que nós, humanos! Então e se eles forem estúpidos que nem uma porta? Oh, não façam essa cara! Então se há humanos inteligentes e outros tão burrinhos que mete dó porque é que os extraterrestres têm de ser todos sobredotados?

Querem provas? Se eles são tão inteligentes porque é que ainda não nos descobriram? Se são sobredotados já nos deveriam ter encontrado há séculos, não é? “Ah, mas eles já sabem que nós existimos, querem é observar-nos de longe!” Nã, nã nã, esse argumento não é válido. É como eu dizer “Ahah eu sabia a resposta, queria era ver se tu sabias!” Ou então o clássico: “Ahah, eu errei de propósito, era para ver se estavas com atenção!”

E porque carga de água é que o primeiro contacto dos extraterrestres com a terra é sempre uma grande cidade do género Paris, Nova Iorque ou Londres? Porque é que eles não aterram na Trafaria, na Ramada ou quem sabe em Fornos de Algodres? Em qualquer destes casos teriam mais espaço para aterrar a nave do que em qualquer das outras cidades acima citadas!

“Ah, mas e se eles já cá estiverem? Misturados no meio de nós, imitando os nossos hábitos?” Olha, que também está bem visto sim senhor. Se a vossa teoria for verdadeira eu tenho três palpites de possíveis extraterrestres. Querem saber quais são?

Lili Caneças, Betty Grafstein e a Duquesa de Alba. Eu até aos 120 anos ainda acreditei que fossem humanas, agora depois disso já só encontro uma explicação: são extraterrestres!